Em depoimento, mulher agredida por PM com tapas e chutes no Paraná contou que policial agiu de forma autoritária desde que chegou ao local

  • 29/08/2024
(Foto: Reprodução)
Vítima prestou depoimento na terça-feira (27) e deve passar por exame de corpo de delito na próxima semana. Defesa do policial diz que que não irá se manifestar sobre o caso. Mulher agredida por PM contou que policial agiu de forma autoritária, diz delegada (editad A mulher de 28 anos agredida com tapas e chutes pelo policial militar Jader Camilo prestou depoimento na terça-feira (27), em Andirá, a 120 km de Londrina. De acordo com a advogada dela, Izabela Rodrigues, a jovem relatou que o PM apresentou uma postura autoritária desde o momento que chegou ao local da ocorrência. As agressões contra a jovem foram filmadas por uma pessoa que também estava no bar quando a Polícia Militar (PMPR) chegou para atender uma situação de perturbação de sossego. Camilo foi afastado do caso e a defesa do policial disse que não vai se manifestar. Relembre o caso mais abaixo. ✅ Siga o canal do g1 Londrina no WhatsApp ✅ Siga o canal do g1 PR no Telegram "[O policial] Já chega com todo aquele autoritarismo, descendo [da viatura], proferindo palavras de baixo calão totalmente gratuitas. Você percebe que por nenhum momento tanto a vítima quanto as outras testemunhas, que ao meu ver também são vítimas, por que a agressão começa no verbal. Ele faz um xingamento total, para todo mundo que estava ali reunido, e depois começa as agressões físicas", diz. A advogada da vítima, Izabela Rodrigues, relatou que ela estava com medo de registrar um Boletim de Ocorrência (B.O.) contra o policial em Itambaracá, porque na cidade só teria o pelotão da PM para confeccionar o documento. A vítima foi à cidade de Andirá e, além do B.O., prestou depoimento para policiais do 10º Batalhão da PM de Bandeirantes. Além dela, duas testemunhas também foram ouvidas. A quarta testemunha prestará depoimento nesta quinta-feira (29). Mulher agredida por soldado em Itambaracá presta depoimento Depoimento da vítima Rodrigues afirmou que, em depoimento, a vítima relatou que os policiais chegaram com autoritarismo, mas que em nenhum momento ela reagiu. "Ela narra que ela tava ali, que por nenhum momento ela se dirigiu, a todo momento ela ficou em silêncio, então ela não desrespeitou nenhuma ordem nem nada", explica. Ainda de acordo com a advogada, a vítima tem passado por acompanhamento psicológico. LEIA TAMBÉM: Ponta Grossa: Suspeito de matar esposa grávida na frente da filha é preso Contenda: Instituto de Previdência Social abre concurso com salários que chegam a R$ 4,7 mil Maringá: Homem é suspeito de torturar esposa e filhas e mantê-las em cárcere privado "Por causa do estado emocional dela... Eu percebo que a vítima se culpa. Tá com um pouco de culpa, vergonha dessa situação. Ela comenta várias vezes 'doutora, eu tô com vergonha, tô com vergonha. Como vai ser isso?'. Então a gente tá instruindo", diz. A defesa afirmou que vai entrar com o pedido de indenização quando o laudo de lesões estiver pronto. A vítima deve passar por exame de corpo de delito na próxima semana. Para a advogada, a Secretaria da Segurança Pública (SESP) garantiu rapidez no processo, que pode levar à expulsão no PM. As agressões Mulher leva tapas, é arrastada e puxada pelos cabelos por PM durante abordagem no Paraná O caso foi registrado em um bar no sábado (24). Imagens mostram o policial xingando pessoas que estavam no bar e pedindo para que elas abaixem o som. Na sequência, o soldado aparece discutindo com a vítima, que leva dois tapas e um chute. Ela também é arrastada pelas pernas, puxada pelos cabelos e jogada na calçada. A vítima desabafou sobre o que viveu e também questionou a alegação dos policiais de que havia som alto no bar. "O que está mais dolorido é o meu joelho, mas fiquei com roxos nas pernas, minha cabeça está bem inchada também. Uma parte da minha costela, que foi na hora que eu caí na calçada, também dói bastante. A gente estava em um baile e depois fomos para o bar, mas não tinha som alto, não tinha nada.” O g1 e a RPC tiveram acesso ao boletim de ocorrência registrado pelos policiais que atenderam o caso. No documento, não constam as agressões do policial contra a vítima. O governador Ratinho Junior (PSD) se manifestou sobre o caso e pediu esclarecimentos sobre as agressões ao secretário de segurança pública, Hudson Teixeira. Por meio de nota, sobre o caso de Itambaracá, o Comando Geral da Polícia Militar do Paraná informou que “tomou conhecimento do vídeo contendo imagens com indícios de irregularidades cometidas durante o atendimento de uma ocorrência”. O documento afirma ainda que “a ação não reflete os valores e o profissionalismo da corporação, dedicada à proteção e ao bem-estar da população” O Ministério Público do Paraná (MPPR) disse apenas que vai acompanhar as investigações. Policial militar agrediu e puxou cabelos de mulher durante abordagem em Itambaracá (PR) Divulgação VÍDEOS: Mais assistidos do g1 PR Veja mais em g1 Norte e Noroeste.

FONTE: https://g1.globo.com/pr/norte-noroeste/noticia/2024/08/29/em-depoimento-mulher-agredida-por-pm-com-tapas-e-chutes-no-parana-contou-que-policial-agiu-de-forma-autoritaria-desde-que-chegou-ao-local.ghtml


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