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EXCLUSIVO: Investigado em morte de Joyce tem audiência de instrução por desobediência marcada em MG

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EXCLUSIVO: Investigado em morte de Joyce tem audiência de instrução por desobediência marcada em MG
EXCLUSIVO: Investigado em morte de Joyce tem audiência de instrução por desobediência marcada em MG (Foto: Reprodução)

Thiago Augusto Sampaio Borges tem 43 anos, é mineiro e acusado pela família da acreana Joyce Sousa de Araújo Reprodução A Justiça de Itabira (MG) marcou para 7 de maio de 2026 a audiência de instrução do processo em que Thiago Augusto Sampaio Borges, de 43 anos, responde pelos crimes de desobediência e falsa identificação durante cumprimento de diligência policial na cidade mineira. O g1 obteve o documento com exclusividade. O caso tem relação com um processo envolvendo a acreana Joycilene Sousa de Araújo, com quem Thiago mantém vínculo em outra ação que investiga violência psicológica e patrimonial. A reportagem não conseguiu contato com a defesa do acusado. 📲 Participe do canal do g1 AC no WhatsApp Segundo denúncia apresentada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG), o episódio envolvendo desobediência ocorreu em 17 de dezembro de 2024, quando policiais civis foram até o bairro Barreiro, em Itabira, para entregar uma intimação ao investigado. Naquele dia, Thiago teve o celular e o carro apreendidos, sendo este último em razão do processo envolvendo o caso Joyce, uma vez que a Justiça acreana emitiu um mandado de busca e apreensão do veículo. Foi por este motivo que os policiais se deslocaram até o local para cumprir a ordem judicial. Ao perceber a presença dos agentes, Thiago teria se recusado a informar o próprio nome, tentado fugir e, em seguida, apresentado falsa identidade, afirmando chamar-se "Ailton". O g1 noticiou o caso na época. Caso Joyce: audiência pública discute situação alarmante de feminicídios no Acre "O denunciado, de maneira livre, consciente e voluntária, desobedeceu a ordem legal de funcionários públicos, além de atribuir a si falsa identidade com o intuito de obter vantagem", diz o documento. De acordo com o documento, a farsa só foi descoberta quando um papel caiu da mão do suspeito, que tratava-se de uma cópia da própria carteira de motorista (CNH), revelando a verdadeira identidade. CASO JOYCE: 1 ANO DEPOIS: Processo segue em sigilo e família busca por justiça 1 ano após morte de mulher no AC EXCLUSIVO: Polícia investiga namorado por morte de mulher no Acre; família acusa homem de violência patrimonial e psicológica FEMINICÍDIO: Audiência pública discute situação alarmante de feminicídios no Acre Mesmo após isso, o investigado teria insistido na versão falsa e continuado a resistir à abordagem, momento em que recebeu voz de prisão por desobediência e falsa identidade. Por resistir à prisão, Thiago precisou ser algemado, mas acabou liberado horas depois. "Por se tratarem de crimes de menor potencial ofensivo, um termo circunstanciado e ocorrência foi assinado, ficando o suspeito comprometido a comparecer perante o Tribunal Especial Criminal do município", disse o delegado Diogo Luna, de Itabira, ao g1. 👉 Contexto: A família de Joyce, como era conhecida, acusa Thiago Augusto Sampaio Borges, então namorado da vítima, de indução ao suicídio, violência psicológica e patrimonial, estimada em R$ 200 mil. A acreana morreu no dia 17 de novembro, no Instituto de Traumatologia e Ortopedia do Acre (Into-AC), em decorrência de uma parada cardíaca causada pela ingestão de comprimidos de uso controlado, uma semana antes. O g1 chegou a conversar com Thiago na época, com exclusividade, e ele disse que está sendo vítima de calúnia e difamação. Depois, desativou as redes sociais. Nesta foto, Thiago Augusto Sampaio Borges foi filmado por Joyce Sousa após ter sido flagrado supostamente usando drogas dentro da casa dela, em Rio Branco Cedida ao g1 Denúncia A denúncia relata que, com relação aos crimes de desobediência e falsa identidade, Thiago agiu de “maneira livre, consciente e voluntária”, infringindo os artigos 307 (falsa identidade) e 330 (desobediência) do Código Penal brasileiro. A Promotoria pediu a citação do réu, a produção de provas e sua condenação ao final do processo, incluindo os efeitos previstos no artigo 15 da Constituição, que trata da suspensão de direitos políticos em caso de condenação criminal. O caso segue em andamento no Juizado Especial Criminal da comarca. A audiência do ano que vem deve ouvir testemunhas, entre elas os dois policiais civis que participaram da abordagem. Thiago Borges também aparece citado em procedimentos que envolvem Joyce, mas os detalhes dessa ação não constam na decisão atual. Família de Joyce Sousa faz campanha em busca de justiça em Rio Branco Renato Menezes/g1 Caso Joyce Um ano após a morte da acreana Joycilene Sousa de Araújo, de 41 anos, a família da gerente segue em busca por justiça ao passo que lida com o luto. O caso segue em segredo de justiça e, segundo a irmã, Jaqueline Sousa, a luta é para que Joyce 'não seja uma mera estatística de morte autoprovocada'. Joycilene Sousa de Araújo morreu no dia 17 de novembro de 2024 após uma parada cardíaca decorrente de uma tentativa de suicídio uma semana antes. Antes da morte dela, mesmo ainda mantendo contato com Thiago, Joyce estava decidida a pedir uma medida protetiva contra ele e tentar reaver o carro que estava sob posse dele. Na madrugada do dia 11 daquele mês, por volta das 2h, Joyce se dirigiu até a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) para fazer o pedido da medida e poder dar entrada no pedido de devolução do veículo. O carro apreendido, avaliado em R$ 100 mil, foi retirado em Belo Horizonte (MG). Segundo a família, ele deu a ideia de comprar o veículo no nome dela, já que ele supostamente recebe um benefício do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) por burnout, e isto impossibilitaria de colocar a despesa no nome dele. O boleto veio para Rio Branco. Thiago veio ao Acre duas vezes: em maio, quando conheceu Joyce presencialmente; e no final de setembro para início de outubro, quando ocorreu os supostos episódios de importunação sexual contra a filha de Joyce, no dia 4, e uso de cocaína dentro da casa dela. Em busca por respostas, a família decidiu expor o caso nas redes sociais. Depois da pressão popular, o caso agora está sendo acompanhado pelo Ministério Público do Acre (MP-AC). VÍDEOS: g1